Amar (12/10/1985)
Dizem que existe uma idade em que amar e olhar o mar serão coisas parecidas. Feitas em silêncio. Como se os planos de Paul Den Hollander adivinhassem já o perfil de quem assim vier a amar e a olhar: varandas abertas até ao horizonte das dunas e, no limite, aquelas vidraças que protegem o areal do vento e que dão a sensação de um espaço rotundamente vazio. Será o “aberto” de que falou Rilke. Será o repetir do simples movimento das ondas compactas, orgânicas, atravessadas a espaços pelos tons húmidos de El Greco a aproveitarem a luminosidade cega dos anjos. Dizem que esse será o tempo das consoantes líquidas. A ver vamos.
Dizem que existe uma idade em que amar e olhar o mar serão coisas parecidas. Feitas em silêncio. Como se os planos de Paul Den Hollander adivinhassem já o perfil de quem assim vier a amar e a olhar: varandas abertas até ao horizonte das dunas e, no limite, aquelas vidraças que protegem o areal do vento e que dão a sensação de um espaço rotundamente vazio. Será o “aberto” de que falou Rilke. Será o repetir do simples movimento das ondas compactas, orgânicas, atravessadas a espaços pelos tons húmidos de El Greco a aproveitarem a luminosidade cega dos anjos. Dizem que esse será o tempo das consoantes líquidas. A ver vamos.
1 Comments:
Um prazer descobrir o Minitempo.Mesmo.
Abraços,
Silvia
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